sexta-feira, 25 de junho de 2021

Revivendo a passagem pelo mundo das palavras

Sim, isto é para ti...

São palavras, como outras, mas minhas. 
Sim, isto é para ti...
São palavras que não vazias ou secas. São minhas, não são outras.
Sim, isto é para ti...
São palavras, já repetidas, que quero ver efeitos. Quero que contem, as minhas, não as outras.
Sim, isto é para ti...
São palavras que vêm com gestos, momentos ou saudades. Estas, minhas, não outras.
Sim, isto é para ti...
São palavras, minhas, dedicadas a ti. Estas, não outras. 
Sim, sempre foram para ti...
Estas, as minhas.

domingo, 20 de junho de 2021

Sempre sempre as dores de crescimento




Foram passos atrás de passos, alguns trôpegos outros decididos outros ainda sem ponta que se lhe pegasse, aqueles que me deixaram longe de sentado a escrever: as respostas que encontraria estavam distantes das perguntas que me tenho recusado fazer. Foi uma ausência cozinhada a medo que me tirou o hipnotismo pelo som das palavras que ecoam aqui dentro, naquela música tão minha em que falhei em descobrir o encanto.

Não vale a pena esconder a cabeça na areia, sempre me foi sussurrado ao ouvido pela voz consciente da minha inconsciência. Vires por onde te virares, não podes fugir de ti mesmo e nesta caminhada és tu e só tu que caminha contigo. Mesmo nos tropeções e na mão amiga que te ajuda a levantar, a caminhada é tua. Quando testo os limites, é a mim a quem o sorriso veste e o olho ganha contornos brilhantes. A coragem de te enfrentar é um desafio que não se pega de ânimo leve.  

Nesta caminhada solitária, ouves e refletes, pensas e decides. No final, é a mim a quem devo contas que mais ninguém ousará cobrar. Sou o reflexo espelhado dos passos trôpegos, decididos e dos que não tiveram ponta que se lhes pegasse. E desse reflexo o espelho só a ti dará as respostas, mesmo que te tenhas de recuperar das profundezas mais perdidas em ti.

Portanto, ousa caminhar ao som das palavras. Brinca com elas, joga, faz melodias de encantar ou versos de tristeza mas ousa, passo a passo, trôpego, decidido ou dos que não têm ponta que se lhes pegue, sentar-te e deixares-te render na doce escrita.